Já mencionei anteriormente este neologismo "luxar", no post Criança Prodígio. Adorei esta expressão, que teve sua origem em uma diarista que trabalhou para mim recentemente.
A diarista trabalhou para minha mãe por um longo período, praticamente toda a minha infância/adolescência e apesar de ser "boazinha" era conhecida como "mentirosa". Sabe aquela pessoa que mente para se aparecer? Pois é, assim que era a diarista.
Ela contava histórias do tipo "meu pai é rico, tem uma fazenda enorme, daqui para Outeiro (cerca de 20km) é pouco para medir o tamanho da fazenda"... Criança eu era, mas já entendia que aquilo era uma mentira. Mas eu me divertia com "causos" dela.
Uma das coisas que ela inventava era de que ninguém precisava ir ao cinema, pois, segundo a sua teoria (teoria da mentira, diga-se), todos os filmes que estavam em cartaz passavam as duas horas da madrugada na Globo. Hora sagrada essa que eu, quando criança, queria ficar acordada para ver os filmes que estava bombando nos cinemas.
Um dia ela parou de trabalhar para a minha mãe, pois estava com problemas e fiquei sem escutar por um bom tempo os seus devaneios.
Depois que casei, precisei de uma pessoa para cuidar das minhas roupas e então fui tratar com a "mentirosa-boazinha" para trabalhar um dia da semana para mim. E ela, que estava sem trabalhar, foi até mim e fez logo um pedido "não quero receber por diária, só ao final do mês".
Ok, pedido atentido. No final do mês paguei as 4 diárias, que deram um total de R$100,00 (cem reais) há 2 anos atrás e então ela embolsou o dinheiro e soltou a seguinte pérola: "isso aqui é para eu 'luxar', pois meu marido é funcionário do Estado e ganha muito bem". Depois descobri que o "muito bem" era cerca de dois salários mínimos. Realmente, é um luxo!
Então tá, né? Adorei! Fiquei pensando, se eu quiser "luxar" é só pedir a grana da lavagem de roupa para meu maridão (lavar e passar - argh!), dá conta do recado, e depois ficar charlando por aí com toda essa grana no shopping. Chiquérrimo!
A diarista trabalhou para minha mãe por um longo período, praticamente toda a minha infância/adolescência e apesar de ser "boazinha" era conhecida como "mentirosa". Sabe aquela pessoa que mente para se aparecer? Pois é, assim que era a diarista.
Ela contava histórias do tipo "meu pai é rico, tem uma fazenda enorme, daqui para Outeiro (cerca de 20km) é pouco para medir o tamanho da fazenda"... Criança eu era, mas já entendia que aquilo era uma mentira. Mas eu me divertia com "causos" dela.
Uma das coisas que ela inventava era de que ninguém precisava ir ao cinema, pois, segundo a sua teoria (teoria da mentira, diga-se), todos os filmes que estavam em cartaz passavam as duas horas da madrugada na Globo. Hora sagrada essa que eu, quando criança, queria ficar acordada para ver os filmes que estava bombando nos cinemas.
Um dia ela parou de trabalhar para a minha mãe, pois estava com problemas e fiquei sem escutar por um bom tempo os seus devaneios.
Depois que casei, precisei de uma pessoa para cuidar das minhas roupas e então fui tratar com a "mentirosa-boazinha" para trabalhar um dia da semana para mim. E ela, que estava sem trabalhar, foi até mim e fez logo um pedido "não quero receber por diária, só ao final do mês".
Ok, pedido atentido. No final do mês paguei as 4 diárias, que deram um total de R$100,00 (cem reais) há 2 anos atrás e então ela embolsou o dinheiro e soltou a seguinte pérola: "isso aqui é para eu 'luxar', pois meu marido é funcionário do Estado e ganha muito bem". Depois descobri que o "muito bem" era cerca de dois salários mínimos. Realmente, é um luxo!
Então tá, né? Adorei! Fiquei pensando, se eu quiser "luxar" é só pedir a grana da lavagem de roupa para meu maridão (lavar e passar - argh!), dá conta do recado, e depois ficar charlando por aí com toda essa grana no shopping. Chiquérrimo!
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